Verônica Alves é mulher, curandeira de almas, artista e escritora. Canceriana, de kin maia Noite Rítmica Azul e sanya Timita [que significa "Quietude"]. Reside atualmente em Curitiba - Brasil e tem 36 anos. Sua medicina coexiste pela arte, as poesias, os rituais, as terapias… e tudo mais que sentir de adentrar nesse caldeirão de cristal. Compartilhando diariamente saberes experienciados a partir de suas iniciações em linhagens ancestrais que transitam livremente entre diferentes vertentes filosóficas, espirituais e terapêuticas; em conexão e reverência à egrégora de luz que acompanha esse trabalho formada por deusas, mestres ascensos, orixás, curandeirxs, erveirxs, benzedeirxs, sacerdotisas, além de sua devoção aos elementais da natureza e aos mestres ocultos no cotidiano. Tudo é matéria-prima para que a totalidade do ser seja alcançada com respeito e amorosidade. Um corpo-mulher que traz em suas células o compromisso em recriar a experiência da espiritualidade emancipatória, transmutando estruturas hegemônicas em asas. Desde as primeiras cosmovisões quem segura o lápis e mexe o caldeirão é seu coração, numa persistência constante em transcrever, recompor, investigar. Herdeira da tradição ancestral, no servir de remover a poeira de saberes que foram negligenciados e retirar os véus da ilusão, celebrando assim a continuidade de uma jornada que nos foi proibida. Em respeito e honra às memórias de todas as mulheres receptáculos de saber e poder, polinizadoras de energias cósmicas e guardiãs de sabedorias que não morrem jamais. Descobriu em suas canalizações uma poderosa ferramenta para essa revolução diária, e passou então a desconstruir e a recriar com o intento de curar. Primeiro a si. E nessa busca por resgatar facetas de nós mesmas ainda não reveladas junto de reconstruir fragmentos de uma história que nos foi apartada, deu à luz “Houhou”, em 2015.