A Lugar Comum é um projecto que nasce com o intuito de dinamizar e ampliar o panorama cultural na cidade de Coimbra. Partindo da experiência acumulada ao longo dos anos pelos seus elementos na organização e promoção de concertos musicais, pretende oferecer uma programação cultural alternativa, sem no entanto prescindir de elevados patamares de exigência e maturidade, designadamente através da apresentação de propostas de irrefutável qualidade e originalidade. Fundada em Setembro de 2008, ao longo do seu primeiro ano de existência, a Lugar Comum organizou e promoveu um total de quinze concertos na cidade de Coimbra. Veio também a realizar, no Teatro Académico Gil Vicente, uma conferência/debate subordinada ao tema “Programação musical: estruturas alternativas”. No seu segundo ano de actividade, a Lugar Comum procurou não só reforçar as suas competências na organização e promoção de concertos (tendo para o efeito realizado um total de dez concertos), como veio a estender a sua actividade e influência para além da cidade de Coimbra. Esta dinâmica deveu-se em parte ao envolvimento e acompanhamento exigido por certos músicos internacionais, tendo em muitos casos assumido com sucesso a co-produção dos respectivos concertos em cidades como Lisboa, Porto, Aveiro ou Braga. Como outros, os nomes referidos são na sua totalidade fruto de uma primeira escolha e abordagem da Lugar Comum. Enquanto agente cultural, sempre pretendeu esta estrutura maximizar a promoção e divulgação daqueles projectos, pelo que o contacto com diversas salas e restantes estruturas culturais nacionais afigurou-se como um passo natural desde o momento da sua constituição. A Lugar Comum demonstrou desta forma que é possível apresentar uma programação alternativa e atenta às novas propostas da música independente, tendo ao longo do processo sedimentado uma relevante posição enquanto estrutura cultural na cidade de Coimbra, e progressivamente, no território nacional. O consecutivo envolvimento de cada um dos seus membros define o perfil da Lugar Comum. Tal processo participativo pretende gerar uma constante mutação e crescimento do projecto, incentivando a interacção e aproximação a outros domínios artísticos, como sejam a escrita, o teatro, o cinema, a fotografia e as artes plásticas.