A arte urbana surgiu como a expressão máxima da comunicação livre. Sua exposição pública a torna acessível a todos, de forma a dar o seu recado, sem qualquer tipo de segregação. O que antes era reservado apenas para locais específicos ou para apreciadores e conhecedores, agora retrata o cotidiano e consegue envolver todos os públicos em uma só forma de expressão artística. Diferente de uma marginalidade, é arte, é idoneidade. É deixar uma marca, uma voz. Uma criação que, apesar ser vista com os olhos, também pode ser sentida. Representa uma causa muitas vezes maior que a sua própria originalidade, porque passa a ser um legado. São projetos que unem, promovendo a democratização da arte, expandindo os limites de quatro paredes. Fazer arte urbana é utilizar a cidade como o seu canal, é utilizar as veias e artérias para conduzir a beleza pelas ruas e avenidas de um grande coração pulsante de concreto. É trazer um olhar novo para o que passou despercebido. É deixar se surpreender pelo que pode ser trazido à vida pelas talentosas mãos de algum artista talvez ainda não descoberto. Se o nosso dia é uma obra em branco, porque não trazer mais cor e sentido para ele?