Em 03 de abril de 1975, no auditório da Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, foi criada a Abraci – Associação Brasileira de Cineastas, com o objetivo principal de formar uma entidade de arrecadação e defesa do direito autoral dos cineastas. A primeira diretoria, liderada por Nelson Pereira dos Santos e Leon Hirszman, obteve um acordo com a distribuidora Embrafilme – Empresa Brasileira de Filmes, pelo qual 5% da renda dos filmes exibidos seriam recolhidos em benefício dos diretores. Esse acordo cessou com a extinção da Embrafilme em 1980 pelo governo de Fernando Collor. Mas os ideais de defesa dos direitos de autor audiovisual permaneceram. Em duas ocasiões, os diretores brasileiros voltaram a debater a formação de uma Sociedade de Gestão Coletiva de Direitos de Autor, uma vez sob a liderança de Nelson Pereira dos Santos, e outra em 2005 por iniciativa de um conjunto de associações. Finalmente em 2014, integrantes da diretoria da Abraci retomaram o projeto original a partir de um convite para visitar a DAC – Directores Argentinos Cinematográficos, – Asociación General de Directores Autores Cinematográficos y Audiovisuales, em Buenos Aires, o que nos capacitou e incentivou a fundar a DBCA – Diretores Brasileiros de Cinema e do Audiovisual – Associação Geral de Diretores Autores Brasileiros. A DBCA nasce com a vocação democrática de defesa da diversidade e ética de oferecer dignidade à profissão do diretor do audiovisual, e de promover as artes audiovisuais brasileiras de ontem, hoje e das futuras gerações. Nesse momento de transformações dos modelos de produção e distribuição da indústria audiovisual em que as obras cinematográficas e audiovisuais são cada vez mais consumidas, através de diferentes meios e suportes que surgem a cada dia, a união dos realizadores brasileiros na defesa e gerenciamento de seus direitos autorais tem o propósito maior de defesa e permanência da vida e da obra audiovisual.